ENTENDENDO A AIDS
A AIDS, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é uma doença provocada pela ação do vírus HIV no organismo. Essa deficiência no sistema imunológico resulta em graves infecções, que se proliferam causando vários danos aos portadores do vírus, inclusive a morte.
ORIGEM
A origem do vírus está no continente africano, duas formas diferentes, porém parecidas do vírus hospedavam duas espécies de macacos, o mangabey de topete vermelho e o guenon de bigode, mas a contaminação dos seres humanos se deu através dos chimpanzés. Provavelmente entre os anos de 1910 e 1950, um chimpanzé macho contraiu o HIV enquanto esquartejava uma carcaça de um macaco contaminado. O vírus, em circulação entre os chimpanzés, sofreu várias mutações genéticas se tornando no precursor da forma simiana do HIV. Os chimpanzés não adoecem devido à contaminação, apenas hospedam o vírus.
CONTAMINAÇÃOS DOS SERES HUMANOS
Como aconteceu a contaminação dos seres humanos ainda é motivo de muita discussão. A teoria que prevaleceu por muito tempo diz que, como algumas tribos da África Central se alimentam de carne de chimpanzé, a contaminação se deu durante uma caçada, possivelmente quando os caçadores retiraram a carne dos ossos de algum chimpanzé abatido. Outra teoria diz que a contaminação se deu quando uma vacina oral experimental contra a poliomielite foi cultivada em células de chimpanzés contaminadas com o HIV, a vacina foi utilizada no Congo Belga, entre os anos de 1957 e 1960.
Parece haver um consenso que foi na década de 60 que se deu o inicio da epidemia, que ficou isolada em tribos africanas até a década de 80, quando a doença começou a tomar proporções mundiais.
O INICIO DA EPIDEMIA MUNDIAL
Em 1981, a AIDS foi reconhecida nos Estados Unidos, a partir da identificação de certo número de pacientes com sintomas de sarcoma de Kaposi, pneumonia por Pneumocystis carinii e comprometimento do sistema imune. Esses pacientes eram homens, homossexuais, moradores das cidades de Nova York e São Francisco. Logo os médicos concluíram que se tratava de uma nova doença, e possivelmente transmissível. A identificação do agente etimológico (no caso um vírus) ocorreu em 1983, o HIV – 1. Em 1986 foi identificado mais um agente etimológico, o HIV – 2, estreitamente relacionado com o primeiro.
CONTÁGIO
A contaminação se dá através de relações sexuais sem proteção, inseminação artificial, amamentação e de todas as formas de contato com sangue contaminado (uso de seringas compartilhadas, transfusão de sangue contaminado, doação de órgãos contaminados entre outros). Hoje em dia todo o sangue, assim como os órgãos doados passam por rigorosos testes para identificar a presença ou não do HIV, assim como de outros agentes infecciosos, sendo praticamente impossível nos dias de hoje a contaminação devido ao recebimento de sangue e órgãos doados.
FASES DA DOENÇA
Podemos dividir a infecção em 3 fases: a assintomática (quando o paciente não manifesta os sintomas da doença, pode durar meses ou anos), a sintomática (quando aparecem sinais como dores musculares, de cabeça e na garganta, febre, calafrios, manchas na pele e ínguas), e a fase aguda (quando o paciente vai perdendo sua capacidade imunológicas, sendo atacados por doenças oportunistas).
TRATAMENTO
A ciência experimentou nos últimos anos grandes avanços no conhecimento da estrutura e na forma de agir do vírus HIV, sendo possível o surgimento de muitas drogas que inibe um pouco as infecções oportunistas, e controlam a carga viral do paciente, melhorando assim sua qualidade de vida, mas a cura definitiva ainda não foi encontrada.
UMA NOVA ESPERANÇA
Essa semana foi publicado o resultado de um experimento realizado pelo médico alemão Gera Huetter, que submeteu o paciente americano Timothy Ray Brown a um novo tratamento contra a AIDS. Brown foi CURADO, ISSO MESMO, CURADO depois de passar por dois transplantes de medula de um doador que possui uma mutação que o torna imune à aids. Suas células não possuem a proteína CCR-5, que permite que o HIV infecte as células de defesa do organismo.
Mas ao que parece, o novo tratamento não poderá ser usado em larga escala, pois se trata de uma cura específica, devido a características genéticas de Brown, não poderia dar certo com todos os pacientes. A cura foi conquistada, mas somente no caso desse paciente específico.
Mas mesmo não sendo a cura para os milhões de infectados do mundo, esse caso renova as esperanças da ciência, de que em pouco tempo teremos a cura definitiva da AIDS.
PREVENÇÃO
A AIDS não tem cura, o HIV pertence à família dos retrovírus, ele tem a incrível capacidade de sofrer mutações genéticas a cada vez que se reproduz se tornando diferentes de um dia para o outro, sendo muito difícil combatê-lo, por não se saber quais as características os vírus iram apresentar de um dia para o outro. Além disso, o HIV se hospeda entre outros locais, nas células de defesa do organismo, justamente as células que deveriam combatê-lo.
Enquanto essa cura não chega, nos resta sempre buscar os meios de prevenção, como a prática de sexo seguro, com um número menor de parceiros, não compartilhar seringas, tratamento de gestantes com HIV para a diminuição do contagio durante a gravidez e na hora do parto, e o essencial, levar informação e educação sobre as formas de contagio e prevenção para todas as pessoas, seja em campanhas publicitárias, nas escolas ou em qualquer outro meio de divulgação.
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